Sábado, 18 de novembro de 2017

(Sb 18,14-16; 19,6-9; Sl 105[105]; Lc 18,1-8) 
32ª Semana do Tempo Comum.

As famosas bem-aventuranças encontradas no Novo Testamento também fazem parte da linguagem sapiencial dos salmos que estamos refletindo, uma felicitação acompanhada de uma certeza de tal pessoa faz ou vive tal realidade. Elas podem ser dirigidas a um indivíduo ou a todo o povo como prova da intervenção divina em seu favor. “Entre as situações ou fatos nos quais se aprecia a intervenção divina, e que por isso são temas de bem-aventuranças, encontramos a experiência de Deus vivida no perdão dos pecados (32,1.2), a misericórdia com os pobres e enfermos (41,2), o dom de uma descendência numerosa (127,5), a alegria de servir a Deus no Templo (65,5; 85,5), ou o ânimo e a força que o Senhor infunde para que se possa empreender o longo caminho até Jerusalém (84,6). O Messias será chamado de bem-aventurado por todas as nações (72,17), como Maria será por todas as gerações (Lc 1,48)” (Hilar Raguer – Para Compreender os Salmos – Loyola).

A primeira leitura parece fazer menção à libertação do Egito, por isso o salmo 105 (vv. 2-3.36-37.42-43) canta as maravilhas realizadas por Deus. “A alegria é o tema presente no salmo: a alegria do cântico, com o qual o povo que procura o Senhor é convidado a participar; exultação pelos prodígios que o Senhor realizou durante o êxodo; alegria dos ‘escolhidos’ (v. 43), de quem agora tem a consciência de ser o povo escolhido” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado – Paulus).


 Pe. João Bosco Vieira Leite