Sábado, 11 de novembro de 2017

(Rm 16,3-9.16.22-27; Sl 144[145]; Lc 16,9-15) 
31ª Semana do Tempo Comum.

Apesar das sérias críticas que Jesus lança sobre o legalismo nos evangelhos, é preciso compreender que para muitos judeus piedosos, a Lei era uma espécie de caminho de identificação pessoal com a vontade de Deus. Essa preocupação detalhista queria ser uma expressão de amor, pois onde existe amor verdadeiro, ele se traduz em detalhes, como quem está atento e se antecipa para agradar a quem ama, sem que esse venha a expressar a nossa falta de atenção. “Se a Lei de Moisés pode infundir tanto amor a Deus e dar força à criatura humana, o que não deverá ser para nós a Lei de Cristo! Eis aqui a regra de ouro para rezar os Salmos da Lei: onde aparece a palavra ‘Lei’, ou algum de seus sinônimos (preceito, aliança, mandamento etc.), basta pensar na Lei de Cristo, no Espírito Santo, no evangelho, no sermão da montanha, na graça, ou no mandamento novo do amor. Então nos parecerá muito natural dizer a Cristo que sua Lei é mais doce que o mel e mais preciosa que o ouro fino”  (Hilar Raguer – Para Compreender os Salmos – Loyola).

Paulo faz suas saudações finais e agradecimento a Deus por confirmar a seus leitores na fé transmitida por ele no evangelho, realização das Escrituras proféticas. A liturgia reza tudo isso no salmo 145 (vv. 2-5.10-11) que bendiz a Deus pelas suas obras e pelo modo como aqueles que nele creem divulgam suas obras e com louvores O bendizem! “O Senhor Deus, forte e glorioso, não permanece ‘fechado’ na Sua grandeza, mas manifesta-Se através dos prodígios salvíficos em favor do homem. Alcançados em Cristo pelo Seu projeto salvífico, unimo-nos ao salmista, reconhecendo e louvando a glória do Senhor, manifestada para a nossa salvação” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado – Paulus).


 Pe. João Bosco Vieira Leite