Quinta, 09 de novembro de 2017

(Ez 47,1-2.8-9.12; Sl 45[46]; Jo 2,13-22) 
Dedicação da Basílica do Latrão.

Três salmos têm a Lei como tema principal: 1, 19B (segunda parte do salmo) e 119. Isso não quer dizer que esse tema não esteja presente em outros salmos. “É evidente que, para o judeu crente, a Lei não é apenas algo que deve ser cumprido, mas objeto de devoção e fervor. Isso é um choque para a nossa mentalidade ante legalista. Para o israelita, a Lei aparece como culminação de uma história de amor: Javé tira seu povo da escravidão no Egito e o leva amorosamente entre prodígios e maravilhas, pelo mar e pelo deserto, até a montanha santa, onde firma com ele uma aliança e lhe dá uma Lei. Os preceitos divinos são inseparáveis da história da salvação” (Hilar Raguer – Para Compreender os Salmos – Loyola).

A presença de Deus entre nós também se expressa pelos lugares sagrados ou a Ele consagrados, como essa basílica do Latrão, a primeira igreja oficial (prédio) cristã e por isso mãe de todas as igrejas cristãs católicas espalhadas no mundo. É essa presença do Senhor que canta o salmo 46 (vv. 2-6.8-10) expressando também sua confiança absoluta, talvez escrito quando Deus libertou Jerusalém do ataque do exército assírio nos dias do rei Ezequias. “O autor do salmo 46 confiava que Deus iria ajuda-lo de duas maneiras. Primeiro, Deus é um refúgio, um lugar seguro para onde podemos correr em busca de proteção. Segundo, Deus é uma ajuda, uma fonte de força interior quando calamidades ou problemas surgem na vida. Às vezes, Deus nos serve de escudo contra os problemas que nos cercam (uma fortaleza), e, em outras, Deus permite que passemos por provações, mas ele passa por elas conosco” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).  


  Pe. João Bosco Vieira Leite