Quarta, 28 de junho de 2017

(Gn 15,1-12.17-18; Sl 104[105]; Mt 7,15-20) 
12ª Semana do Tempo Comum.

A narrativa que estamos acompanhando faz um salto significativo nos colocando ao lado de Abrão que lamenta o passar do tempo e a descendência prometida que não chega. A essa altura terá que deixar tudo a um parente próximo. Ele e levado a contemplar as estrelas do céu e num ato quase poético, volta a sonhar, volta a acreditar, em seu caráter existencial (O ambiente escuro sugere a escuridão da fé na caminhada de Abrão). Mas Deus vai um pouco além, passando entre os animais de modo unilateral, confirma a aliança feita por Ele mesmo com Abrão. No tempo de Jesus quanto no nosso, o número de vozes que se levantam para nos sugerir um caminho ou nos propor alguma espécie de salvação, é também grande. É preciso ler a vida e a História a partir da luz que nos vem da Palavra para percebermos os frutos produzidos. “Mais fácil é seguir os falsos profetas, os magos, os adivinhos e os corruptores dos costumes, os quais, servindo-se das pulsações mais baixas da pessoa, satisfazem-lhe as necessidades superficiais, estimula-lhes as ambições, as falsas seguranças, e não as ajudam a crescer. A vida cristã não se constrói sobre as seguranças humanas, pelo contrário, comporta aceitar o risco, a aventura, a aposta na única Palavra eficaz e vencedora” (Giuseppe Casarin - Lecionário Comentado - Paulus).
  

Pe. João Bosco Vieira Leite