(2Cor 3,4-11; Sl 98[99]; Mt 5,17-19)
10ª Semana do Tempo Comum.
Em sua reflexão, um pouco ‘rebuscada’
sobre o ministério apostólico, Paulo esclarece que a origem deste está em Deus e
não no ser humano. Mesmo com todas as dificuldades inerentes, esta é uma grande
vocação. Para alguns autores ele parece estar respondendo as objeções ou
depreciação de alguém quanto ao seu ministério. Jesus quer deixar claro aos seus
ouvintes, assustados, talvez, com sua autoridade e exigência, que o que foi
dito no passado continua tendo o seu valor: “Jesus, apresentado por
Mateus como novo Moisés, o novo legislador que na primeira pessoa promulga
sobre o monte a nova Lei, não inventa uma nova religião, não renega nem anula
os preceitos antigos. Cristo é, ao invés, Aquele que esclarece os conteúdos
autênticos da Lei, desenvolvendo-os deste modo até a perfeição. A verdade da fé
não conduz àquilo que hoje é denominado comumente de ‘fundamentalismo’: a
radicalidade do Espírito segue um percurso sem compromissos, mas nem por isso
privado de compreensão. O crente, animado pelo fogo divino, não é levado à
intolerância ou ao fanatismo, mas procura acolher as sementes de bem e de
liberdade onde quer que se encontrem, e aproxima-os, acendendo neles a vida do
Espírito” (Giuseppe Casarin - Lecionário Comentado -
Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite