Quarta, 14 de junho de 2017

(2Cor 3,4-11; Sl 98[99]; Mt 5,17-19) 
10ª Semana do Tempo Comum.

Em sua reflexão, um pouco ‘rebuscada’ sobre o ministério apostólico, Paulo esclarece que a origem deste está em Deus e não no ser humano. Mesmo com todas as dificuldades inerentes, esta é uma grande vocação. Para alguns autores ele parece estar respondendo as objeções ou depreciação de alguém quanto ao seu ministério. Jesus quer deixar claro aos seus ouvintes, assustados, talvez, com sua autoridade e exigência, que o que foi dito no passado continua tendo o seu valor: “Jesus, apresentado por Mateus como novo Moisés, o novo legislador que na primeira pessoa promulga sobre o monte a nova Lei, não inventa uma nova religião, não renega nem anula os preceitos antigos. Cristo é, ao invés, Aquele que esclarece os conteúdos autênticos da Lei, desenvolvendo-os deste modo até a perfeição. A verdade da fé não conduz àquilo que hoje é denominado comumente de ‘fundamentalismo’: a radicalidade do Espírito segue um percurso sem compromissos, mas nem por isso privado de compreensão. O crente, animado pelo fogo divino, não é levado à intolerância ou ao fanatismo, mas procura acolher as sementes de bem e de liberdade onde quer que se encontrem, e aproxima-os, acendendo neles a vida do Espírito” (Giuseppe Casarin - Lecionário Comentado - Paulus). 
  

Pe. João Bosco Vieira Leite