Sexta, 03 de março de 2017

(Is 58,1-9; Sl 50[51]; Mt 9,14-15) 
Depois das Cinzas.

“Acaso o jejum que prefiro não é outro: quebrar as cadeias injustas, desligar as amarras do jugo, tornar livres os que estão detidos, enfim, romper todo tipo de sujeição?” (Is 58,6). Desde sempre vivemos essa ‘briga’ de compreendermos bem o que significa jejuar e seu real valor. Talvez o autor sagrado aqui o tome na dimensão de sacrifício oferecido a Deus. Assim entendido, que sacrifício seria maior que sair de nós mesmos para nos envolvermos com as situações (e pessoas) que nos cercam? O jejum serve também como exercício de autodomínio e reeducação de pontos que em nós precisam voltar aos eixos. Mas tudo isso deve ser praticado em clima de oração, pois precisamos de uma luz que guie o nosso agir e de uma graça especial para sermos pessoas um pouco melhores. Não se desespere, nem se inquiete se as coisas ainda não mudaram de forma significativa. Leva-se  uma vida para mudar um coração: “Meu sacrifício é minha alma penitente, não desprezeis um coração arrependido!” (Sl 50,19).


Pe. João Bosco Vieira Leite