Segunda, 21 de novembro de 2016

(Zc 2,14-17; Sl Lc 1,; Mt 12,46-50)
Essa memória obrigatória nos lança na infância de Maria, cuja realidade não se mencionados evangelhos, mas que sempre suscitou a curiosidade dos seus devotos e também pela importância no plano salvífico. A imaginação de um autor que desconhecemos se expressou no Protoevangelho de Tiago, um escrito apócrifo do sec. II: "...onde se narra que na idade de três anos, Maria foi acompanhada ao templo por Joaquim e Ana, a fim de que 'a menina não volte atrás e o seu coração não se entretenha com algo fora do templo do Senhor'. Assim se lê: 'O sacerdote a acolheu, abraço-a e abençoou-a exclamando: 'O Senhor Deus magnificou o teu nome em todas gerações. Em ti, nos últimos dias, o Senhor manifestará a sua salvação aos filhos de Israel'. E ele fez a menina sentar-se no terceiro degrau do altar e o Senhor infundiu sobre ela a sua graça e ela começou a dançar... E regressaram os seus pais cheios de admiração, louvando e glorificando o Senhor Deus porque a menina não tinha voltado atrás. E Maria morava no templo do Senhor, alimentava-se como pomba e recebia o alimento da mão de um anjo' (Texto marianos do primeiro milênio, I, pp. 868-869).
Por trás da fantasia da narração pode-se uma clara mensagem, que aliás, é a da festa da Apresentação: o coração de Maria sempre esteve voltado à vontade de Deus. A informação histórica que introduz o dia 21 de novembro na liturgia das Horas diz de fato com precisão: 'Neste dia celebramos juntamente com os cristãos do Oriente a dedicação que Maria fez de si mesma a Deus já desde a infância, movida pelo Espírito Santo, que a encheu de sua graça na sua imaculada conceição (Corrado Maggioni, Maria na Igreja em oração, Paulus).



Pe. João Bosco Vieira Leite