Terça, 04 de outubro de 2016

(Gl 1,13-24; Sl 138[139]; Lc 10,38-42) 
27ª Semana do Tempo Comum.

A carta que estamos acompanhando traz hoje uma autodefesa de Paulo, ao mesmo tempo em que traça uma breve biografia salientando o seu chamado pessoal, sua unidade com a Igreja e o seu caminho particular na divulgação do Evangelho.

Ao entrar na casa de Marta e Maria, Lucas aproveita para complementar a dinâmica do amor ao próximo lembrando o significado da hospitalidade. Mas o texto nos conduz para a importância da escuta da Palavra, como o elemento que na vida cristã conduz para a produção de frutos concretos na vida: a agitação e a preocupação da vida necessitam dessa luz que a tudo dá o equilíbrio necessário.

Hoje também a Igreja faz memória do grande santo dos pobres e da ecologia: Francisco de Assis. “Os biógrafos concordam que nenhum outro santo fez brilhar tanto a imagem de Jesus neste mundo como Francisco. Ele é o santo do amor e da alegria, da pobreza e da liberdade interna. Um santo de coração amoroso e de uma grande simplicidade, que conquistou o coração do povo enquanto ainda era vivo. [...] Francisco reuniu em torno a si pessoas que compartilhava com ele a vida simples. A oração determinava sua comunidade, e eles viviam percorrendo o país para anunciar a Boa Nova. Para ganhar o pão, trabalhava com os camponeses. Não queriam dinheiro, mas produtos naturais como pagamento. Francisco continuou sendo o irmão humilde que, cheio de contentamento, cantava os hinos de Deus e, com seus sermões, conduzia os homens a ele. [...] O movimento ecológico elegeu Francisco seu padroeiro. Isso, por certo, tem sua justificação. Mas Francisco não foi um combatente encarniçado. Ele tinha um amor e um respeito tão enorme por todas as coisas porque reconhecia na criação o amor de Deus. Ele podia se alegrar com o calor do sol, com o frescor da água, com a luz da lua. Em toda parte ele via como Deus, por meio de suas criaturas, demonstra seu amor aos homens. Francisco nos mostra que a proteção ambiental precisa de uma dimensão espiritual. Precisa da experiência do amor por todas as criaturas, do contrário ela se torna uma luta amargurada que produz apenas rancor nas pessoas, não servindo nem a elas nem à criação” (Anselm Grün - 50 santos – Loyola).



Pe. João Bosco Vieira Leite