Sexta, 21 de outubro de 2016

(Ef 4,1-6; Sl 23[24]; Lc 12,54-59) 
29ª Semana do Tempo Comum.

Paulo inicia, nesse capítulo, uma longa exortação aos seus leitores tendo como base a unidade da Igreja (o adjetivo numeral ‘um’ aparece por sete vezes). A humildade e a aceitação do outro formam a base dessa unidade desejada: “A Igreja é um conjunto de pessoas que não podem contar com a sua posição independente, mas que se sentem interpeladas para se encontrarem reciprocamente por causa de Cristo, razão que ultrapassa a diversidade do modo como viver a fé. E então, a tarefa de manter ou de remendar a unidade da Igreja está confiada também ao esforço responsável de cada batizado” (Giuseppe Casarin, Lecionário Comentado, Paulus).

Jesus parece voltar-se para a multidão que o segue e dirige esse breve discurso centrado em dois temas: o reconhecimento dos sinais dos tempos e a reconciliação com os adversários. Jesus indaga àqueles que sabem interpretar as mudanças climáticas, como não são capazes de perceber a chegada de um tempo novo com o próprio Jesus? Esse reconhecimento de Jesus e de sua palavra mexe com as nossas relações interpessoais: crer que em Jesus, Deus vem até nós (nos ama e nos acolhe), não há melhor expressão de gratidão se não a de mudar nossas relações. 


Pe. João Bosco Vieira Leite