Segunda, 17 de outubro de 2016

(Ef 2,1-10; Sl 99[100]; Lc 12,13-21) 
29ª Semana do Tempo Comum.

Bonito e intuitivo esse trecho da carta de Paulo que traz a nossa liturgia hoje. Paulo provoca nos seus ouvintes aquela recordação de um viver não iluminado pela fé em Jesus Cristo, que ele chama de morte. A misericórdia de Deus se manifestou de um modo particular em Cristo Jesus, porque Sua fidelidade permanece para sempre, ainda que, em certos tempos, Ele nos permita seguir a própria natureza rebelde (A parábola do filho pródigo...). Essa salvação não depende de nossos méritos, é puro dom e graça, para que não calculemos o quanto devemos fazer ou nos sacrificar para merecer a salvação. A questão está no que queremos ser a partir da fé em Jesus Cristo, que nos ensina um caminho de filiação em nossa relação com Deus. Rezemos em tom de gratidão.

Nossa vida se move por interesses, porque precisamos sobreviver, mas essa necessidade pode tornar-se uma atitude gananciosa e destituída de confiança na providência, como se tudo dependesse de nós. A sabedoria da vida nos diz que a nossa existência tem um tempo mais ou menos previsto: para que acumular se não podemos levar mais do que as obras de caridade que tivermos feito? A riqueza, diante de Deus vem de um coração confiante na sua providência e que tenta imitá-lo, preocupando-se com os demais. Jesus não pode realmente resolver essas contendas entre irmãos, não que ele aprove tal injustiça; as leis humanas nos colocam em constantes embaraços, a lei divina (ensinamento), nos leva a ponderar certas coisas e intuir até que ponto certas coisas valem a pena...


Pe. João Bosco Vieira Leite