Terça, 6 de setembro de 2016

(1Cor 6,1-11; Sl 149; Lc 6,12-19) 
23ª Semana do Tempo Comum.

Paulo segue num tom enérgico e corretivo em sua carta. Desta vez ele contempla a situação de litígio entre os irmãos da comunidade que acabam recorrendo a um juízo comum, pagão, expondo a própria situação em que se encontram: incapazes de superar os atritos que surgem entre eles, testemunhando assim um cristianismo enfraquecido, não disposto ‘a perder para ganhar’. A recomendação do evangelho não seria buscar entre eles um irmão que pudesse ajudar na resolução do problema, antes de tornar a coisa pública? Por fim Paulo recorda que todos nós viemos de uma condição de pecado, fomos restaurados em Cristo. Não podemos regredir na nossa busca da santidade de vida.

Contemplamos aquele momento em que depois de uma noite de oração, Jesus chama, entre os seus discípulos, aqueles doze que o acompanharão mais de perto. De Jesus aprendemos que a oração nos capacita para tomarmos boas decisões. “Como nenhum outro evangelista, Lucas descreve Jesus como alguém que orava. Jesus é o grande orante. Nos mais importantes acontecimentos de sua vida ele ora. Ele ora antes de tomar decisões. Sempre de novo Jesus se retira para lugares ermos, a fim de orar ao Pai. Quando Lucas escreve sobre Jesus como orante, ele sempre já pensa na fé do cristão, para quem a oração é sobretudo o caminho para aguentar as aflições desta vida. Assim como Jesus supera os seus sofrimentos pela oração, também o cristão deve se agarrar a Deus na oração, a fim de, através de todas as aflições, chegar à glória celeste. A oração é o caminho para o cristão se exercitar na atitude de Jesus, e ficar compenetrado de seu espírito” (Anselm Grun –Jesus, modelo do ser humano – Loyola).


Pe. João Bosco Vieira Leite