Sexta, 23 de setembro de 2016

(Ecl 3,1-11; Sl 143[144]; Lc 9,18-22) 
25ª Semana do Tempo Comum.

“Por seres tão inventivo e pareceres contínuo, tempo, tempo, tempo...” canta Caetano Veloso, mas antes dele alguém já havia percebido que tudo tem um ritmo: nascimento e morte, amor e ódio. É sábio quem aprende a aceitar tal alternância dos tempos que constituem o ritmo da vida e em saber segui-los. Mas em tudo isso o sábio enxerga a ação de Deus, dando ao homem a ocupação, mas nunca se revelando de modo pleno, gerando nele o desejo e a busca. 

Mais uma vez Jesus está rezando e resolve perguntar aos seus discípulos o que diz o povo a respeito dele, para chegar aos próprios discípulos e orientá-los no discernimento sobre sua pessoa. É da oração que parte a sua iniciativa: “A oração é o lugar protegido, para onde podemos nos retirar, a fim de estarmos abrigados do barulho do mundo e das expectativas dos homens. [...] antes de Pedro professar sua fé no Messias, Jesus orou, com os discípulos, num lugar afastado (Lc 9,18). Evidentemente foi na oração que ele se preparou para introduzir os discípulos no mistério de sua paixão e no caminho da imitação de Cruz (Lc 9,18-26)” (Anselm Grun – Jesus, modelo do ser humano – Loyola).
  

Pe. João Bosco Vieira Leite