Segunda, 26 de setembro de 2016

(Jó 1,6-22; Sl 16[17]; Lc 9,46-50) 
26ª Semana do Tempo Comum.

Chegamos a um dos mais interessantes escritos dessa coleção sapiencial, uma história fictícia de um sujeito chamado Jó que é atingido por uma série de desgraças. Embora desconhecendo que Deus o colocava à prova, ele se mantém fiel, como veremos. O livro não foi escrito para explicar o enigma do sofrimento injusto ou mesmo do mal. Mas mostrar como o ser humano perplexo se coloca diante de Deus. O sofrimento lhe permite passar de uma religiosidade tradicional para uma profunda experiência de fé.

Mesmo tendo manifestado aos seus discípulos a sua paixão por vir, os discípulos parecem insensíveis ao começar entre eles uma discussão para saber quem é o mais importante. Jesus lhes revela suas reais intenções de dominarem uns sobre os outros. A criança apresentada por Jesus como símbolo do verdadeiro discípulo fala da capacidade de se tornar pequeno pelo serviço ao outro, como fez o próprio Jesus. Mas eles ainda continuam sem entender, pois estão preocupados com um exorcista que não faz parte do grupo. Jesus lhes explica que ele não está roubando o lugar de ninguém, apenas se soma aos que tem fé na sua pessoa para expandir a ação do reino. Veja que nos textos que estamos acompanhando Jesus e seus discípulos estão em planos diferentes, não aceitando nada do que Jesus lhes fala. Esse desejo de reconhecimento, dos primeiros lugares, gera sofrimento humano e destrói a comunidade. Peçamos ao Senhor o discernimento necessário para não cairmos nessa armadilha. Que a Sua palavra me mantenha desperto.
  

Pe. João Bosco Vieira Leite