Sábado, 10 de setembro de 2016

(1Cor 10,14-22; Sl 115[116]; Lc 6,43-49) 
23ª Semana do Tempo Comum.

Paulo faz uma espécie de contraposição entre o culto idolátrico pagão e o culto cristão mediante a celebração da Eucaristia, lembrando que esta nos coloca em uma relação profunda com o próprio Jesus, unindo-nos ao Seu mistério redentor e assim fazer de nossa vida uma oferenda ao Pai, como Ele o fez e nós recordamos a cada dia. E o melhor, cria-se também uma relação entre nós. Na oração sobre as oferendas dessa semana pedimos que esse sacrifício reforce entre nós os laços de amizade. 

O discurso de Lucas, feito na planície e não na montanha, como Mateus, conclui-se com alguns tópicos de convite ao discernimento por parte daqueles que querem ser seus discípulos de fato. Nesse olhar para si e para os outros, um olhar sobre os frutos que produzimos, frutos desse enraizamento em Cristo. Uma vez que resolvemos caminhar com Ele e para Ele, nossos passos vão definindo nosso modo de ser, marcados pelas mudanças significativas. Tudo é um processo lento, mas gradativo que exige um mínimo de planejamento e boa vontade de fazer bem feito o percurso sem improvisos que gerem problemas futuros. É praticamente impossível caminhar sem tempestades, ventos contrários e pequenos abalos sísmicos.
  

Pe. João Bosco Vieira Leite