Sábado, 12 de dezembro de 2015


(Gl 4,4-7; Sl 95[96]; Lc 1,39-47) 
N. Sra. De Guadalupe

Dentro da nossa caminhada para o Natal, a Igreja celebra mais uma festa mariana. Recordamos suas aparições ao índio Juan Diego e seu desejo de se fazer presente ao lado dos “pequenos” do Reino. Paulo recorda esse momento de plenitude da história em que Jesus entra em nossa história mudando completamente nossas relações com Deus: agora somos filhos e herdeiros da vida divina. Dessa vida divina, experimentou por primeiro a Virgem Maria encontrando em si as ressonâncias do Espírito que a levam à casa de Isabel na tentativa de auxiliar sua prima. As duas mergulham no mistério de Deus e no reconhecimento da ação divina em favor do ser humano. Quando as palavras não são suficientes, Maria eleva um hino de louvor e reconhecimento.

“O cântico de Maria é o mais velho cântico do Advento. Ao mesmo tempo, é o cântico de Advento mais apaixonado, mais selvagem, quase diríamos: o mais revolucionário que já foi cantado. Nele não transparece aquela Maria doce e sonhadora das imagens correntes, mas uma Maria apaixonada, comprometida, entusiasta e audaz. Nada daqueles acordes melífluos e melancólicos de muitos cânticos natalinos; porém um cântico duro, forte e implacável contra tronos que se desmoronam e senhores que se abatem. É o cântico do poder de Deus e da impotências dos homens”. (D. Bonhoeffer). 



Pe. João Bosco Vieira Leite