Sexta, 05 de agosto de 2016

(Na 2,1.3; 3,1-3.6-7; Sl Dt 32; Mt 16,24-28) 
18ª Semana do Tempo Comum.

Terminado o livro de Jeremias, a liturgia introduz um trecho do profeta Naum. Seu pequeno livro, três capítulos, data do VII século a. C.. Seu conteúdo é marcado por oráculos contra Nínive, a orgulhosa capital da Assíria, devastada e ocupada pela Babilônia. O texto que nos é oferecido contém um alegre anúncio para Judá, que já havia sido aterrorizada pela Assíria, e a desgraça para Nínive.  Não há aí uma dimensão cristã na mensagem.

Diante da dificuldade de Pedro compreender o processo da Cruz, Jesus adverte aqueles que o querem seguir sobre o processo de abrir dos próprios pontos de vista para abraçar a lógica da Cruz. “Quem segue Jesus fica com o coração alargado e oferece a Deus o seu eu frágil. A verdadeira experiência de Deus só é possível quando soltamos o nosso ego, o ser humano fica e perde o rumo. Portanto, a palavra da renúncia a si mesmo não é uma palavra de cunho ascético, e sim místico. Nela aparece Jesus como mestre da sabedoria mística. Jesus quer introduzir os seus discípulos numa espiritualidade que deixa Deus ser Deus e que enxerga a realidade como ela é, sem querer apropriar-se de Deus nem da realidade” (Anselm Grun, “Jesus mestre da salvação”- Loyola).


Pe. João Bosco Vieira Leite