Segunda, 22 de agosto de 2016

(Is 9,1-6; Sl 112[113]; Lc 1,26-38) 
Nossa Senhora Rainha.

Para coroar o mistério da Assunção de Maria aos céus, a Igreja conserva essa antiga memória que a reconhece, em sua devoção, como Mãe e Rainha, uma vez que ela foi ‘sentar-se à direita do Rei’, conforme canta o salmo 44 da celebração de 15 de agosto (transferida para o dia de ontem). Certamente a realeza de Maria não se confunde com os reis e rainhas da terra; trata-se de um mistério do Reino dos céus e que a piedade mariana explicitou com uma série de títulos: rainha da misericórdia, da paz, dos anjos, dos confessores etc.

“Um dos oráculos do Antigo Testamento relacionados ao Reino de Deus é proposto como primeira leitura: Is 9,1-6. Falando da chega do Rei Messias, o profeta descreve seu senhorio a começar pelo nascimento: ‘Um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado... [...]. O evento da Anunciação manifesta que o antigo oráculo se cumpriu em Jesus: da Virgem de Nazaré ‘nos foi dado um filho, o Príncipe da paz’. Para esta ‘necessária’ presença de Maria, Cristo associa ao próprio senhorio Aquela que, dando-lhe um corpo de homem, lhe deu condições de assumir o Reino e que, cooperando com sua missão até sob o trono da Cruz, mereceu participar de sua glória nos céus e do seu reinado nos corações dos fiéis. Recorda-o a Lumen gentium: ‘A Virgem imaculada,... terminado o curso de sua vida terrena, foi levada à glória celeste em corpo e alma, e exaltada pelo Senhor como Rainha do universo, para que se conformasse mais plenamente com o seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte’ (n. 59)” (Corrado Maggioni – Maria na Igreja em Oração – Paulus).


Pe. João Bosco Vieira Leite