Quarta, 17 de agosto de 2016

(Ez 34,1-11; Sl 22[23]; Mt 20,1-16) 
20ª Semana do Tempo Comum.

Esse texto de Ezequiel, recordado na festa do Coração de Jesus, expressa a preocupação e o cuidado de Deus por seu povo, mas também a censura sobre aqueles cuja missão seria cuidar do povo e não o fizeram. A ruina de Jerusalém é consequência dessa falta de cuidado, e não só isso, se aproveitaram do rebanho. Mas Deus vem sempre em socorro do seu povo, pois mesmo antes de Moisés e de Davi, Ele já era o pastor de seu povo.

Jesus volta a fazer uma comparação sobre o reino com essa parábola do patrão que contrata trabalhadores em horas diversas, mas que ao final do dia recebem o mesmo salário. Certamente o viés aqui não é econômico, mas do chamado que Deus faz a cada um para participar do seu reino, que não é medido pelo tempo, pelo que realiza, mas pelo comprometimento com esse reino: “O ser humano se sente valorizado quando é chamado, convidado, aliciado. Quando me dedico ao trabalho que me é confiado, sem querer comparar-me com os outros, torno-me um comigo mesmo, com Deus e com os homens. Não preciso de mais nada para viver. Mas se eu desviar o olhar do meu trabalho para observar os outros e me comparar com eles, ficarei internamente dividido e descontente” (Anselm Grun, “Jesus mestre da salvação”- Loyola). 


Pe. João Bosco Vieira Leite