Quarta, 10 de agosto de 2016

(2Cor 9,6-10; Sl 11[112]; Jo 12,24-26) 
São Lourenço, diácono e mártir.

A Igreja celebra hoje a festa de São Lourenço (= ‘o adornado com louros’), nascido na Espanha e depois residindo em Roma foi ordenado diácono (para saber mais ver o comentário do ano anterior sobre tal ministério) pelo Papa Sisto II. Na perseguição empreendida por Valeriano, Lourenço quis acompanhar o Papa ao seu martírio, mas este preferiu que ele cuidasse da Igreja e dos seus pobres. Ele segue ao papa em seu martírio logo depois sendo queimado vivo, segundo a tradição, numa grelha: “Numa imagem linguagem figurada: nossa vida deve ser bem assada, atravessada pelo fogo do amor. Pode-se dizer que só assim nos tornamos nutritivos, só assim os outros poderão viver de e por meio de nós. Mas não é apenas no fogo do amor que a vida nos assa, mas também no fogo da paixão que arde em nós. As paixões não podem ser cortadas. Elas devem ser transformadas. Nelas reside uma grande energia de que precisamos para nos tornar bênçãos para os outros. O fogo é também imagem dos apuros da vida, do calor da luta em que sempre caímos no dia a dia. Onde as coisas esquentam, onde se luta e labuta, onde enfrentamos as controvérsias da vida, é aí que acontece a transformação” (Anselm Grun - Cinquenta Santos -  Edições Loyola).

Da Palavra de Deus acolhemos a exortação de Paulo a um coração generoso; Lourenço se empenhou esmeradamente em cuidar dos pobres da comunidade de Roma. Paulo crê que Deus agirá generosamente para com aqueles que semeiam sem receio. O evangelho enfatiza a realidade da entrega da própria vida para que haja mais vida na imagem do trigo que morre para renascer na dimensão do seguimento e do serviço.

Pe. João Bosco Vieira Leite